05 setembro 2007

Democracia tal qual a via Péricles

Fugindo um pouco do Tradicionalismo e das questões que nos envolvem no "gauchismo", resolvi colocar esse texto retirado de http://www.pedrodoria.com.br/
Espero que gostem.
Tordilho

"Amamos o que é belo com simplicidade e amamos o que a mente produz sem perdermos vitalidade. Encaramos a riqueza como uma oportunidade de ação e não como alguma espécie de mérito. Não há vergonha em admitir pobreza: a única vergonha é não tentar agir para escapar da pobreza.
Nesta cidade, todo homem busca seus interesses particulares sem nunca ignorar os da polis. Mesmo aqueles mais ocupados com seus assuntos jamais perdem de vista os objetivos da comunidade. Quem se preocupa com seus afazeres mas ignora os do coletivo não é alguém reservado; é alguém que não tem espaço entre nós.
Nós todos decidimos nossas políticas e discutimos a respeito delas pois não vemos palavras como incompatíveis com atos. Pelo contrário: o mal vem quando há falta de debate. Compreensão de nossos desafios é o que nos permite audácia. Para nossos inimigos, quanto mais compreendem o que têm pela frente, mais temem. Bravo é o povo que, compreendendo tanto o terrível quanto o agradável, não se furta aos perigos perante a real noção deles."

Ao fim do primeiro ano da Guerra do Peloponeso (431 a 404 aC), Péricles reuniu os atenienses para fazer seu discurso funerário em honra dos soldados mortos. Ou, ao menos, é assim que conta em sua História Tucídides. Nas palavras deste historiador, segue uma das primeiras definições de democracia jamais registradas.